A receita das exportações de suco de laranja concentrado e congelado do Brasil (FCOJ, na sigla em inglês) cresceu 16% na safra 2022/23, que terminou em 30 de junho, para US$ 2,04 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior compilados pela CitrusBR. O volume embarcado ficou praticamente estável, com queda de 0,8% no comparativo com o ciclo anterior, totalizando 1,03 milhão de toneladas. “Os números refletem dois aspectos importantes: o primeiro é uma certa restrição na oferta derivada de três safras sequenciais relativamente pequenas e o segundo é uma maior valorização do produto, justamente por conta dessa restrição”, diz, em nota, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

De acordo com a entidade, a Europa continua a ser o principal mercado para o suco de laranja brasileiro com 548 mil toneladas embarcadas, queda de 16,2% em relação à quantidade embarcada na safra anterior. O faturamento total para o velho continente foi de US$ 1,1 bilhão, pequeno recuo na comparação com os US$ 1,12 bilhão na safra anterior.

Já os embarques para os Estados Unidos aumentaram 55,3%, totalizando 328,1 mil toneladas. O faturamento saltou de US$ 384,8 milhões para US$ 691,5 milhões no ciclo 2022/23. “O aumento das exportações para os Estados Unidos está em linha com a maior demanda por suco nesse mercado, que tem sido muito afetado nos últimos anos por eventos climáticos e, principalmente, pelo greening, uma doença que afeta severamente os pomares do país”, avalia Netto.