Portal do Agronegócio – 13/03/2017 – Aspectos como deformação e não crescimento adequado das folhas do novo ciclo, comuns em alguns pomares de citros, podem estar ligados à deficiência de cobre do vegetal

Aspectos como deformação e não crescimento adequado das folhas do novo ciclo, comuns em alguns pomares de citros, podem estar ligados à deficiência de cobre do vegetal. O micronutriente, mesmo exigido em quantidades mais baixas em relação a outros elementos, possui função importante para o desenvolvimento do cultivo desempenhando papel em diversos processos fisiológicos da planta como fotossíntese e respiração, refletindo em um verde mais intenso da folha e melhor formação dos frutos.

É o que relata o consultor de citros Carlos Henrique Ávila Góis, que atua na região norte da Bahia e sul de Sergipe. Segundo Ávila, os cuidados com o manejo nutricional, por meio de aplicação de cobre, trouxeram resultados visíveis no cultivo. “O efeito foi positivo. Chegando ao pomar, já conseguimos ver a diferença pela qualidade do fruto. Além disso, observamos plantas mais verdes”, afirma.

De acordo com o engenheiro agrônomo Marcos Revoredo, gerente técnico de hortifruti da Alltech Crop Science, o cobre contribui para o vigor e desenvolvimento mais equilibrado da cultura, permitindo que ela supere os fatores estressantes do meio. “Consequentemente ela vai nos proporcionar melhor produtividade e melhor qualidade desses frutos que nascerão. Tanto no aspecto de aparência, como também no aspecto de qualidade – teor de sólidos solúveis e rendimento de suco”, explica.

Outro ponto destacado por Revoredo é a função protetiva do cobre ao lado de fungicidas. “Além da promoção do vigor, favorecida pelo elemento, ele também estimula naturalmente os mecanismos de defesa da planta com a indução de resistência e os efeitos danosos do íon cobre o interior dos microrganismos nocivos. Com isso, temos cultivos e pomares mais sadios”, complementa.

A aplicação do cobre na cultura do citros, segundo o agrônomo, pode ser feita em diversas situações: na fase inicial, junto às adubações de base para suprir as necessidades nutricionais, junto às coberturas sendo complementar a micronutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio e via foliar nos estádios de desenvolvimento e produção. “Entretanto, se utilizado em excesso também pode acarretar em redução do crescimento e vigor da planta”, finaliza.