Broadcast – 12/03/2018 – Entre julho de 2017 e fevereiro deste ano, o volume total embarcado atingiu 745.238 toneladas
O aumento das exportações brasileiras de suco de laranja em 42% para os Estados Unidos e em 18,6% à União Europeia, dois principais mercados do produto, puxaram a alta de 23% no volume embarcado da bebida nos oito primeiros meses da safra 2016/2017. Entre julho do ano passado e fevereiro deste ano o total exportado atingiu 745.238 toneladas, ate 605.498 toneladas em igual período da safra 2016/2017. A receita com as exportações totais de suco saltou 24,2% entre os mesmos períodos – de US$ 1,091 bilhão para US$ 1,355 bilhão. O principal motivo para o crescimento das vendas externas é o aumento da oferta de laranja no mercado nacional, de 62% entre as safras.
O levantamento, divulgado pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) a partir dos dadosdo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) , considera a soma dos volumes de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e do suco fresco, ou não concentrado e congelado (NFC). O volume de NFC, que é seis vezes maior, é transformado no equivalente em FCOJ e somado ao do concentrado no total divulgado.
O volume vendido nos oito primeiros meses da safra 2017/2018 para a União Europeia, destino de 70% do suco de
laranja brasileiro, atingiu 450.967 toneladas ante 380.199 toneladas de FCOJ equivalente no período anterior. Se
no volume exportado a alta foi de 18,6%, a receita entre os períodos variou 18,8%, de US$ 686,6 milhões para
US$ 815,4 milhões.
Ao mercado norte-americano, que cada vez é menos produtor de suco de laranja, foram enviadas 190.383 toneladas de FCOJ equivalente entre julho e fevereiro, na safra 2017/2018, ante 133.856 no período correspondente da safra 2016/2017. O volume 42,2% a mais exportado aos Estados Unidos nos oito primeiros meses da atual safra gerou um faturamento de US$ 337,32 milhões, alta de 38,16% sobre o de igual período da safra anterior, de US$ 244,14 milhões.
O suco de laranja enviado aos Estados Unidos é basicamente o concentrado e congelado utilizado para ser reconstituído antes de ser comercializado no mercado local, ou reexportado. Com a produção norte-americana em queda por causa da ação do greening na Flórida, principal praga dos pomares, e o fechamento de fábricas naquele Estado, a demanda pela bebida brasileira tem aumentado.