O Egito fechou o ano de 2019 como o principal exportar mundial de laranjas. Os embarques do país somaram 46 milhões de caixas de 40,8kg, crescimento de 21% em relação a 2018, quando o país exportou 38 milhões de caixas. O número também é cerca de 3 milhões de caixas acima do volume exportado pela Espanha, um dos principais países produtores da Europa. 
O avanço das exportações egípcias se dá justamente no mercado europeu, com a Alemanha sendo sua principal cliente, responsável por 11 milhões de caixas. A Rússia é o segundo principal destino, com pouco mais de 10 milhões de caixas. 
A competividade do Egito está no preço, aproximadamente a metade do fruto espanhol. a Espanha tem usado o transporte ferroviário para transportar seus frutos para os principais destinos europeus, como Roterdã, na Holanda ou Colônia, na Alemanha. Um sistema mais barato que o transporte rodoviário, do centro para o centro, mas muito mais lento, já que a Espanha usa uma bitola ferroviária mais ampla (1.668 mm) do que a maioria do resto da Europa (1.435 mm) e os contêineres devem ser removidos dos vagões da Espanha e França e recarregada nos vagões de bitola mais estreita.
Os primeiros resultados deste ano para as exportações egípcias de laranja fresca mostraram redução. Em janeiro, os dados mais recentes disponíveis, os volumes foram de 5 milhões de caixas de 40,8kg, redução de 19% ante as 6,2 milhões de caixas em janeiro de 2019. O recuo deve-se ao aumento da demanda doméstica por laranjas frescas, que seguiu o padrão observado em outros países, motivado pelos benefícios à saúde percebidos à luz da atual pandemia de coronavírus. 
As exportações espanholas no primeiro bimestre de 2020 estão estáveis e somam 11 milhões de caixas. Contudo, fontes do mercado apontam que os problemas com o transporte de frutas a partir de março devem levar a um declínio nos números nos próximos meses. Isso continua a ser visto. 
O Egito ainda não divulgou seus números de exportação além de janeiro de 2020.