FoodNews – 12/04/2019 – Acompanhe o que está acontecendo no setor em diversas regiões do mundo


Flórida: estimativas derrubam a safra
A mais recente estimativa para a produção de laranja na Flórida está mais baixa. De acordo com o relatório do USDA, a safra deve ser de 76,5 milhões de caixas. Para as variedades ‘não-valencia’, a previsão é de, pelo menos, 500 mil caixas a menos que a estimativa que foi realizada no mês passado (30,5 milhões de caixas) e para as ‘valencias’, a projeção não sofreu alterações (46,5 milhões de caixas).
Visivelmente, as condições das frutas neste ano estão bem melhores que na última safra: o brix médio está inalterado para a área de Indian River, em 12.07 (12.09 no ano passado), e outras áreas mostraram melhorias, 11.57. Os ratios também estão melhores: 14,30 para o Indian River e 14,78 para outras áreas. Apesar disso, o tamanho está abaixo do mínimo, com 265 unidades por caixa, a queda de frutas está acima da média. 
A recuperação deverá ser maior na Flórida, que está se recuperando das perdas de safra 2017/18 causadas pelo Furacão Irma. A laranja e as toranjas devem mostrar os maiores aumentos em relação ao ano anterior: 42% e 24%, respectivamente.
EUA: Preços para sucos de frutas sobem no mercado americano
Os preços do AJC tiveram altas em todas as suas categorias, informou o Food Institute ontem. Os preços europeus subiram para US$ 7,50 – 7,75 por galão, ante os US$ 7 – 7,50 por galão, no mês passado. Os preços chineses de baixa acidez foram cotados em baixa, de US$ 7,25 – 8,05 por galão ante os US$ 8 – 8,50 por galão no mês anterior.
O sobe e desce de preços foi reportado para o concentrado de suco de uva branco argentino, em março, para US$ 6.70 – 7,00 por galão, ante US$ 7 – 7,25 por galão no mês anterior. 
E os preços do suco concentrado de limão mexicano e sul-americano aumentaram para US$ 8-9 por galão. No mês anterior, estavam cotados em US$ 7,50 – 8,50 por galão. As informações são do IEG Vu. 
Itália: consumidores de olho em bebidas com menos açúcar
Os sucos premium estão ganhando terreno na Itália. As informações são do Food News. As vendas totais de sucos de frutas em 2018 (temporada que terminou em fevereiro deste ano), foram de € 592 milhões no ‘Modern Distribution’ (rede de hipermercados, supermercados e lojas de conveniência) com um total de 410 milhões de litros comercializados. Estes números representam um declínio de 5,5% em valor e volume a partir de 2017.
Os sucos de frutas Pasteurized shelf-stable (UHT) respondem por 93% do mercado de suco italiano e em 2018, as vendas caíram 5,9%. Até mesmo os sucos frescos, depois de vários anos de crescimento, tiveram uma leve queda no valor de vendas.
Os consumidores estão cada vez mais interessados em misturas de frutas e vegetais, sucos considerados muito saudáveis (como mirtilo e romã), sucos enriquecidos com ervas como gengibre ou aloe vera e afins. Além disso, os consumidores italianos estão agora prestando muita atenção à redução do consumo de açúcar.
Limão: Espanha pode ter suco mais barato que a Argentina
De acordo com informações do IEG Vu, os sucos da primeira grande colheita de limão da Espanha estão com os preços competitivos em relação ao limão da Argentina. O produto argentino está atualmente em torno de US$ 2.900-3.000 por tonelada, mas sujeito a 14% de imposto na UE, que o precificaria em torno de US$ 3.600 no Porto de Roterdã.
Uma fonte disse ao IEG Vu que a nova temporada do suco argentino deve ser mais barata, e o clima desfavorável fez com que menos frutas fossem direcionadas para o mercado de produtos frescos.
Maçã: Aumento das exportações anuais de polpa de maçã NFC
Segundo informações divulgadas pelo FoodNews, a Polônia exportou 174.325 toneladas de suco de maçã NFC no ano passado, em comparação com 141.590 toneladas em 2017. No entanto, o padrão para a estação (em oposição ao ano-calendário) é de um leve declínio.
O maior comprador de suco de maçã polonês NFC é a Alemanha, que absorveu 63.115 toneladas (acima de 55.090 toneladas no ano passado). O alemão foi seguido pelos Países Baixos com 47.820 toneladas (29.910 toneladas) e o Reino Unido com 36.475 toneladas (21.320 toneladas).
Além desses três grandes clientes, nenhum outro país comprou mais de 4.500 toneladas. A França comprou 9.830 toneladas em 2017, mas pelo menos parte disso foi provavelmente um suco reexportado da Ucrânia ou da Moldávia.
Bebidas à base de cânhamo chegam no mercado
Apresentada recentemente no Natural & Organic Products Europe, em Londres, as bebidas feitas à base de cânhamo tendem a ser a grande novidade no mercado. A gama de ofertas compreende quatro sabores: abacaxi, gengibre, açafrão; romã, beterraba e wheatgrass (grama de trigo); laranja, cacau e cevada;e lima, espinafre e wheat grass.
O óleo do cânhamo utilizado nas bebidas é organicamente certificado e outros produtos também prometem ser naturais. Cada garrafa de vidro reciclável de 330 m – contém 15mg de CBD. 
As bebidas são voltadas para os mercados de varejo e foodservice e estão sendo vendidas on-line no site da Humphrey.