FoodNews – 29/04/2019 – Acompanhe o que está acontecendo no setor no Brasil, Espanha, Polônia, Reino Unido e Tailândia

Tailândia: Exportações de suco de abacaxi atingem o menor patamar em três anos
A Tailândia exportou 7000 toneladas de suco de abacaxi concentrado (PJC) em fevereiro deste ano, o menor volume exportado desde 2015. No mesmo período do ano passado, as exportações somaram 11.500 toneladas.
Segundo levantamento do FoodNews, em 2018, o país exportou mais suco que em 2017, e vem melhorando neste ano, mas os negócios ainda são fracos devido a preços muito baixos, demanda fraca, acirrada concorrência com a Costa Rica e estoques consideráveis na Europa. Tudo isso, segundo o semanal, faz as exportações subirem em um mês e caírem no mês seguinte.
De acordo com o FoodNews o preço do PJC está em torno de US$ 1200 por tonelada. Os Países Baixos foram os maiores importadores em fevereiro (1560 toneladas), seguido pelos Estados Unidos (1460 toneladas).
Polônia: queda nas exportações não reduz excedente de maçã
Apesar da enorme safra de maçã registrada na safra passada, a Polônia exportou apenas 172,2 mil toneladas de maçãs frescas nos primeiros dois meses deste ano. No mesmo período do ano passado, as exportações somavam 234 mil toneladas. 
Os embargos russos (Bielorrúsia) também estão impactando os números: nos dois primeiros meses do ano passado, a Bielorrúsia consumiu 76 mil toneladas de frutas polonesas, mas esse volume foi de 46,7 mil toneladas neste ano. 
O cenário é um pouco melhor quando os dados são analisados por safra (setembro a agosto): na primeira metade da safra, as exportações de produtos frescos poloneses são realmente mais altas, 452.5 mil toneladas. Na safra passada, foram 436,2 mil toneladas, mas de acordo com o FoodNews, essa melhora será ajustada nos próximos meses.
Na safra 2017/2018, a Polônia colheu 2,9 milhões de toneladas de frutas. A previsão para a atual safra é de 4,5 milhões de toneladas a 5 milhões de toneladas.
Até o momento, o Egito importou 41.580 toneladas de maçãs entre janeiro e fevereiro (6.690 no ano passado); Cazaquistão levou 16.575 toneladas (14.900 na safra passada) e a Índia importou 7.540 toneladas ante as 1530 toneladas na safra anterior. Segundo o IEG Vu, a expectativa era de que a Polônia pudesse exportar frutas para a China ou outros países do Extremo Oriente para compensar o déficit da colheita na China, mas isso não ocorreu. A produção chinesa foi reduzida em cerca de 12 a 13 milhões de toneladas na última safra. 
Brasil: Preços do limão tahiti brasileiro em alta
De acordo com um levantamento do Cepea, o preço do limão tahiti registrado na semana do dia 15 de abril atingiu o maior patamar do primeiro trimestre de 2019.
Entre os dias 1 e 15 de abril, as cotações tiveram uma média de R$ 6,06 por caixa, um aumento de 63,6% em relação à primeira quinzena de março.
Os produtores de limão estão, agora, acelerando a colheita do limão para preparar os pomares para a produção no segundo semestre. Segundo os compradores, já está difícil encontrar limões tahiti de alta qualidade no mercado de produtos frescos.
Espanha: programa de intervenção está terminando
O Programa de intervenção do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação (MAPA) da Espanha (cota de 50.000 toneladas de laranja para processamento de suco para ajustar o mercado) termina em 30 de abril.
Até 21 de abril, 23.669 toneladas de frutas cítricas (11.887 toneladas de laranja e 11.782 toneladas de tangerinas), o que representa 47% do programa, foram destinadas para o programa.
O Fundo Espanhol de Garantia Agrícola (FEGA), responsável pela retirada das frutas, tem um orçamento de compras de 12,5 milhões de euros (US$ 14). O OPFH assumiu o maior volume de laranja (7.809 toneladas), seguido pela Comunitat Valenciana (2.682 toneladas), Aragón (650 toneladas), Cataluña (523 toneladas) e Región de Murcia (222 toneladas). A maior absorção de frutas cítricas foi registrada na Comunitat Valenciana (6.985 toneladas), seguida pela Andaluzia (1.862 toneladas), Murcia (1.149 toneladas) e Catalunha (782 toneladas).
Reino Unido: Indústria inglesa aposta em embalagens recicladas
As indústrias de bebida e alimentos do Reino Unido anunciaram que passarão a utilizar embalagens feitas com plástico 50% produzidos com produtos reciclados (PCRW). Até o final de 2019, todas as indústrias do Reino Unido (marcas próprias) deverão ser embaladas com material reciclado nestas proporções.
A indústria de bebidas está aumentando seus esforços para reduzir o uso de plásticos. Os resíduos de polietileno serão coletados em supermercados, lavados, triturados e transformados em esferas para extrusão em novas embalagens. A ideia, de acordo com informações do IEG Vu, é retirar dos aterros sanitários até 1 mil toneladas de plástico.