Fresh Plaza – 19/06/2019 – O maior desafio é a competição com outros países do hemisfério sul

Embora o Chile seja o segundo maior exportador de frutas cítricas no hemisfério sul depois da África do Sul e deva exportar cerca de 344.000 toneladas nesta safra, a competição entre países produtores e exportadores tradicionais, como a África do Sul, Argentina, Peru e Uruguai é frequente.
Segundo o presidente do Comitê de Citros do Chile, Juan Enrique Ortuzar, “a Austrália está crescendo”. Ele ainda aproveitou a iminente abertura do mercado chinês em 2020 para pedir aos citricultores e exportadores nacionais que continuem a crescer em qualidade e a manter o prestígio das frutas cítricas do Chile em todo o mundo.
A crescente competição com os países exportadores do hemisfério sul é um dos desafios que a indústria cítrica enfrenta. Segundo Ortuzar, a manutenção de frutas cítricas chilenas no mercado e a possibilidade de aumentar sua participação só podem ser feitas se o país tiver volume confiável e qualidade consistente. O fruto deve ser ótimo, sem sementes, e ter uma ótima qualidade.
O presidente do Comitê de Citros enfatizou que a maturação da colheita deve estar certa. “Os produtores devem ter cuidado para não comprometer a qualidade da fruta ao tentar entrar no mercado cedo, já que as vezes a fruta não está nas melhores condições”, afirma Ortuzar.
Novo mercado: China
Outro desafio para o Comitê de Citros é buscar novos mercados, já que as exportações estão focadas no mercado norte-americano. O setor também deve diversificar em novos produtos que sejam atraentes para outros mercados.
A China é um novo mercado e os exportadores devem conhecê-lo melhor. O setor precisa descobrir quais são os gostos e preferencias chinesas, porque a indústria chilena é muito orientada para os Estados Unidos em seus produtos, pois já conhece a qualidade e as variedades que os consumidores do mercado norte-americano preferem. “É muito provável que as preferencias chinesas sejam diferentes, então teremos que conhecer o mercado e procurar as opções para ele”, afirma Ortuzar.
O diretor do comitê também lembrou que o mercado chinês ainda não havia sido aberto. “Vamos ter que cumprir um protocolo muito rigoroso e teremos que preparar os pomares para poder cumprir esses protocolos e poder exportar. As demandas são altas, o desafio para produtores e exportadores é ter consciência e qualidade”.