Fresh Plaza – 26/08/2019 – De acordo com os dados da Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), nos últimos anos, a África do Sul tem sido caracterizada por uma violação sistemática das suas obrigações fitossanitárias

Recentemente, a Associação de Exportadores de Perecíveis da África do Sul, anunciou sua intenção de exportar 9 mil contêineres de laranja para a Europa durante a campanha de 2019/2020, que entrará principalmente pelo Porto de Vigo. Mas, os receios dos citricultores valencianos de uma possível propagação de pragas importadas de países terceiros são grandes, antes mesmo da chegada dos primeiros lotes de frutas cítricas.
De acordo com os dados da Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), nos últimos anos, a África do Sul tem sido caracterizada por uma violação sistemática das suas obrigações fitossanitárias.
Casos detectados
Nos últimos cinco anos, houve 73 casos de detecções de pinta preta dos citros, (com a Comissão Europeia incluindo a doença na lista de pragas prioritárias).
O setor cítrico espanhol está prestes a pedir que todos os envios de frutas cítricas de países terceiros entrem na União Europeia através de um único porto. A ideia é atingir a máxima especialização em controles fitossanitários, como também é feito nos Estados Unidos, onde todas as frutas cítricas importadas chegam a um único porto nas costas leste e oeste.
Foi sugerido também, o estabelecimento de inspeções de segurança alimentar e de fitossanidade nos países de origem, conforme exigido para os produtos agrícolas espanhóis nos Estados Unidos, Japão e outros mercados. Além disso, o setor cítrico valenciano disse que a fruta sul-africana teoricamente destinada à fabricação de sucos não deveria entrar na Europa “com precauções mais baixas do que as exigidas para o produto in natura”.
Tratamento a frio

Outro passo fundamental seria assegurar as autoridades da União Europeia a escolher um sistema de tratamento a frio que tornem obrigatório para todas as cargas cítricas provenientes da África do Sul, em vez de permitir que o país de origem ou a empresa importadora em questão tomem essa decisão.
A Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA), também quer um estudo de impacto para avaliar as consequências dos acordos comerciais assinados pela União Europeia e a África do Sul, onde 23 milhões de árvores foram plantadas entre 2012 e 2016.