Extra – 12/12/2019

Segundo o relatório divulgado pelo Fundecitrus nesta semana, a safra de laranja 2019/2020 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro esta estimado em cerca de 385,31 milhões de caixas, uma redução de 0,80% na comparação com a estimativa anterior devido a questões climáticas.
Ainda assim, a safra da principal área produtora no maior exportador global de suco de laranja deverá dar um salto de cerca de 35% ante as 285,98 milhões de caixas de 40,8 kg estimadas na temporada anterior, segundo dados do Fundo da Defesa da citricultura.

Na esteira de uma safra melhor, as exportações brasileiras de suco de laranja estão 24% maiores entre julho e outubro de 2019 na comparação com igual período do ano anterior, atingindo 379.457 toneladas, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos cítricos (CitrusBR).

“A pequena redução (na estimativa) deve-se à confirmação do tamanho pequeno dos frutos, que já havia sido projetado em maio, ao aumento da taxa de queda de frutos e também ao impacto das chuvas abaixo da média histórica”, disse o coordenador da Pesquisa da Estimativa de Safra do Fundecitrus, Vinícius Trombin, em nota.

Segundo ele, o número ainda pode ser alterado até o encerramento da safra, dependendo do peso das laranjas que ainda serão colhidas –cerca de 26% da produção–, o que será definido pelo volume de chuvas até o fim da colheita.

O Fundecitrus afirmou que as chuvas volumosas em novembro em praticamente todo o cinturão citrícola amenizaram a estiagem, mas o acumulado desde maio ficou 17% abaixo da média histórica (1981-2010): 409 milímetros na média entre as regiões, enquanto o histórico é de 495 milímetros, de acordo com dados da Somar Meteorologia.

O período mais seco foi no início da safra, de maio a agosto, quando o desvio negativo chegou a 32% em relação à normal climatológica, comentou em relatório.