Fundecitrus – 02/08/2017 – Índice da doença chega a 22,67% segundo levantamento do Fundecitrus

A doença mais destrutiva da citricultura mundial, o greening, afeta 22,67% das 
laranjeiras da região de Duartina (SP), de acordo com levantamento realizado pelo 
Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), divulgado no final de junho. A 
incidência é maior que os 16,73% verificados em todo o cinturão citrícola de São 
Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro e a quarta mais alta dentre as 12 regiões que 
compõem o parque, atrás apenas de Limeira (39,48%), Brotas (36,80%) e Porto Ferreira 
(25,43%).
Apesar da estabilização nos últimos três anos, o índice de 16,73% de incidência de 
greening em SP e MG é considerado muito alto: são cerca de 32 milhões de árvores doentes.
O greening reduz a produtividade dos pomares e causa prejuízo aos produtores, pois 
provoca a queda prematura dos frutos, que, quando se desenvolvem, são pequenos, 
irregulares e de sabor amargo e ácido. Como a doença não tem cura, a erradicação da 
árvore é a única forma de impedir que ela funcione como fonte de contaminação de plantas 
saudáveis dentro do pomar.
Na região de Duartina, a forte presença do greening demonstra que o controle da doença 
precisa ser mais rigoroso. Dentre as demais medidas recomendadas estão o plantio de mudas 
sadias; o monitoramento do psilídeo (inseto transmissor da bactéria que causa a doença) e 
aplicações frequentes; o cuidado especial com as bordas do pomar (primeiros 100 a 200m), 
que são as portas de entrada do inseto; e a ação conjunta com produtores vizinhos, o que 
inclui o controle do psilídeo em plantas cítricas ou de murta nas proximidades do pomar 
(ranchos, chácaras, quintais, pomares abandonados etc.).
Para se ter ideia do poder de devastação do greening, a Flórida (EUA), segundo maior produtor 
de laranja no mundo, viu sua produção despencar em 100 milhões de caixas nos últimos 10 anos. 
Estima-se que 90% de suas plantas estejam doentes.
#unidoscontraogreening
O greening é considerado um problema econômico e social, já que a citricultura movimenta 
anualmente US$ 14 bilhões e gera 200 mil empregos diretos e indiretos (dados de estudo da 
Markestrat) em cerca de 350 municípios do cinturão.
É nesse contexto que está inserida a campanha #unidoscontraogreening, lançada oficialmente 
pelo Fundecitrus em junho. O objetivo é engajar toda a cadeia citrícola e também a sociedade 
no enfrentamento da doença.