Fundecitrus – 20/10/2017 – Adaptações à nova lei e a integração do Sistema de Mitigação de Risco foram alguns dos temas discutidos

No dia 17 de outubro, a Câmara Setorial da Citricultura realizou sua 52ª reunião 
na sede do Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus, em Araraquara-SP, com a 
presença do Secretário das Câmaras Setoriais, de representantes da Defesa Fitossanitária 
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Coordenadoria de Defesa 
Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), 
entidades do setor e citricultores. Dentre os assuntos discutidos, destaque para o 
Sistema de Mitigação de Risco (SMR) de cancro cítrico.
O presidente da Câmara Lourival Carmo Monaco justificou a agenda destacando a 
importância de promover a integração de toda a cadeia produtiva de citros no que 
concerne à implantação do SMR em São Paulo e em todo o país. O tema foi introduzido 
pelo coordenador-adjunto da CDA, Mário Tomazela, que resumiu as mudanças no controle 
do cancro cítrico trazidas pelo SMR e apresentou dados de sua execução no estado, 
apontando para a necessidade de adaptações no modelo sem que sua finalidade 
fitossanitária seja prejudicada.
Em seguida, o citricultor e presidente da Câmara Setorial dos Citros de São Paulo, 
Diego Fortes, representando o grupo de trabalho composto por integrantes da secretaria 
e associações de produtores e comerciantes que avaliou os impactos da nova lei e identificou 
as mudanças necessárias, apresentou uma proposta com as recomendações resultantes, que 
abrangem os seguintes itens:  aumento da porcentagem de frutos com sintomas no talhão, 
possibilidade da seleção de frutos no packing house, quando em baixa incidência, maior 
assistência no manejo para pequenos e médios produtores, ampliação da formação dos profissionais 
qualificados para as inspeções, aumento de opções de produtos para a higienização dos frutos e 
transporte em caixas de madeira. “Elencamos os pontos que iam gerar gargalos no setor e comércio, 
desde a saída da fruta da árvore até o consumidor final”, explicou. “A receptividade foi boa e o 
MAPA está disposto a fazer as alterações. A expectativa é boa”, completou Fortes.
Após o debate das propostas, a Câmara Setorial da Citricultura decidiu que as alterações serão 
analisadas por uma comissão técnica e, em seguida, encaminhadas ao MAPA para que se dê início ao 
processo de adequação na legislação para o controle do cancro cítrico em São Paulo. O representante 
do MAPA na reunião, Eriko Sedoguchi, esclareceu quanto aos procedimentos e andamento da proposta em 
Brasília e falou sobre a importância do encontro. “Tivemos contato com algumas experiências de 
implementação da norma [SMR] e começamos a constatar a necessidade de atualizações para corrigir 
alguns problemas que estão acontecendo. A proposta de revisão será muito importante para que possamos 
[MAPA] avaliar e atualizar os procedimentos para prevenir a disseminação dessa praga”, pontuou.
O presidente da Câmara, Lourival Monaco, também fez uma avaliação positiva das discussões e apontou 
para a necessidade de considerar tanto as especificidades do estado quanto as características 
fundamentais do SMR. “A reunião foi extremamente importante. O país é muito heterogêneo e São Paulo 
também, então é difícil fazer uma norma que atenda a todos. As sugestões apresentadas serão analisadas, 
mas o fundamental é preservar a estrutura do processo, que é aceito mundialmente”