Fresh Plaza – 26/06/2019 – No entanto, a recuperação da produção de citros da União Europeia poderá levar a uma redução das importações
A produção de citros da União Europeia deverá atingir cerca de 11,6 milhões de toneladas na safra 2018/2019, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, o que é consistente com as estimativas anteriores. O aumento regional deve-se a uma recuperação esperada na produção espanhola, o principal produtor de citros da União Europeia.
As condições climáticas facilitaram o florescimento e a frutificação nos pomares. A Espanha prevê um aumento de 14,6% na produção de citros em comparação ao ano anterior, ou seja, cerca de 7,3 milhões de toneladas e 0,4% a mais do que as estimativas anteriores. Em fevereiro de 2019, os produtores espanhóis protestaram contra a Comissão Europeia devido ao aumento das importações de citros sul-africanos para a União Europeia, responsáveis pela redução dos preços comunitários.
No entanto, a recuperação da produção de citros da União Europeia poderá levar a uma redução das importações. O Canadá, Oriente Médio e a China continuam sendo mercados estratégicos para as exportações cítricas da UE.
Espanha e Itália: Principais produtores de citros da UE
A produção de citros na União Europeia está concentrada na região do Mediterrâneo. Espanha e Itália são os principais produtores, seguidos pela Grécia, Portugal e Chipre. Para o ano de 2018/19, a produção de laranjas da UE deverá atingir 159,3 milhões de caixas de 40,8 quilos, cerca de 4% a mais do que em 2017/18, devido ao crescimento em Espanha e em Portugal e de acordo com as estimativas.
Como resultado, a produção de suco de laranja na UE deverá aumentar em 9%, para 106.120 toneladas, à medida que mais laranjas estiverem disponíveis para processamento. Espera-se que a produção de tangerina na UE aumente em quase 17%, para atingir 3,4 milhões de toneladas em 2018/19, graças ao crescimento projetado nas principais regiões produtoras da Espanha e da Itália.
Apesar do crescimento da produção nos últimos oito anos, a área total de laranja na UE diminuiu em quase 12% e a mandarina em 9%, o que se caracteriza por um aumento da produtividade e da produção agrícola.