Nos nove primeiros meses da safra foram criados mais de 27 mil vagas de trabalho
A citricultura voltou a registrar crescimento na geração de empregos nos primeiros nove meses da safra 2021/2022. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), a atividade gerou um total de 27.890 admissões entre julho de 2021 e abril de 2022, crescimento de 20,6% em relação ao mesmo período da safra passada.
O número é ainda mais representativo quando se observa que a laranja foi responsável por 6,47% do total de 608.321 novas admissões geradas pela agricultura no Brasil no período. “Mesmo com uma safra impactada por problemas climático, o setor conseguiu aumentar de forma considerável o patamar de empregos, o que dá mostra da importância econômico da citricultura para as cidades onde está presente”, avalia o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Só no estado de São Paulo, a citricultura foi responsável pela geração de 23.035 postos de trabalho. Isso representa 8,73% do total de 268.850 vagas criadas pela agricultura no Estado.
Quando se observa os dados de 2022, de janeiro a abril a produção de laranja foi responsável por gerar 8.912 vagas de trabalho. “A citricultura é um importante setor gerador de empregos, que colabora com contratações longo do ano, com todas as proteções legais aos trabalhadores em regiões que são carentes de vagas formais, o que gera renda e desenvolvimento para o interior de São Paulo”, explica Netto.
A safra da laranja acontece num período relativamente longo, entre oito a nove meses do ano, podendo chegar a 10 meses em algumas ocasiões. Toda a colheita é feita de forma manual, o que significa que no período cerca de 96 bilhões de laranjas foram colhidas por mãos humanas.