Fundecitrus – A taxa de queda de frutas provocada pela leprose nos citros tem aumentado nos últimos cinco anos, passando de 0,25% na safra 2016/2017 para 1,7% na safra 2020/2021, informa a Fundecitrus. O ácaro Brevipalpus yothersi, transmissor do vírus CiLV-C, é o causador da doença. Ele ataca os pomares com maior frequência durante o outono e o inverno, períodos mais secos e de desenvolvimento dos frutos de laranja. Isso ocorre porque o estresse hídrico nas plantas e o crescimento e amadurecimento dos frutos favorecem o aumento populacional do ácaro.
O combate à doença se dá pela redução das fontes do vírus e da população do ácaro, feita por meio da aplicação de acaricidas. Mas, para isso, é preciso não repetir o uso do mesmo princípio ativo e modo de ação nas pulverizações no período de um ano, para que não haja seleção de ácaros resistentes ao acaricida
Pesquisa desenvolvida na Unesp-Jaboticabal e financiada pelo Fundecitrus mostrou que o acaricida espirodiclofeno teve efeito reduzido em certas populações do ácaro por causa do seu uso contínuo. “Para evitar que essa situação dificulte o manejo do ácaro da leprose, é necessário preservar a eficiência dos poucos acaricidas disponíveis para a citricultura, como o espirodiclofeno, ciflumetofem, propargite e hexitiazox”, diz o pesquisador da Unesp-Jaboticabal Daniel Júnior de Andrade, coordenador do estudo.
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