Agrolink – 05/01/2017 – Durante as visitas, os pesquisadores observaram as diferenças de nível tecnológico entre as várias propriedades da região.
Os pesquisadores do Fundecitrus Renato Beozzo Bassanezi e Geraldo José Silva Junior participaram do Workshop Brasileiro de Epidemiologia, realizado em Cruz da Almas, na Bahia e visitaram pomares com o objetivo de conhecer a citricultura local.
A citricultura do estado é formada por diferentes regiões produtoras, sendo as principais o Litoral Norte/Agreste Baiano e o Recôncavo Baiano, as quais foram visitadas pelos pesquisadores.
A região do Recôncavo Baiano é formada principalmente por pequenos citricultores com áreas inferiores a dez hectares e baixa produtividade. Mas a citricultura nesta região tem forte influência na geração de emprego e de renda.
No Litoral Norte há pomares com alta produção, principalmente, os que são irrigados. Um dos motivos é o clima favorável para a produção durante todo o ano e o potencial das propriedades para ampliação dos plantios com irrigação. “Os produtores que têm conhecimento da cultura e investem em tecnologias têm obtido bons resultados”, afirma o pesquisador Renato Bassanezi.
Durante as visitas, os pesquisadores também observaram diferenças de nível tecnológico entre as propriedades. “É possível encontrar um pequeno produtor com baixíssima tecnologia e produtividade, ao lado de um grande, altamente tecnificado e exportador de frutas”, diz o pesquisador Geraldo Junior.
A variedade mais plantada no estado é a laranja ‘Pera’, mas também há produções de lima ‘Tahiti’ e tangerina ‘Ponkan’. Os principais problemas fitossanitários da citricultura da Bahia são a mancha graxa, a podridão floral, a CVC (clorose variegada dos citros), a mosca negra e o ácaro da falsa ferrugem. A pinta preta foi encontrada, em 2012, em municípios do Recôncavo Baiano e está presente em poucas propriedades com baixos níveis de incidência. O HLB (huanglongbing/greening) e o cancro cítrico ainda não foram identificados no estado.