Portal do Agronegócio – 20/12/2017 – Reunião tratou de questões que impactam a exportação da fruta, como a presença do pedúnculo
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e produtores exportadores de limão tahiti se reuniram com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última quinta (14), para discutir os problemas causados pela presença do pedúnculo nas frutas cítricas exportadas pelo Brasil.
O pedúnculo é a haste do galho da árvore do limão que permanece na fruta após a colheita.
Durante a reunião, o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, José Eduardo Brandão, explicou que as cargas de limão destinadas à União Europeia estão sendo retidas em alguns portos e aeroportos do país, em razão do tamanho do pedúnculo que, de acordo com o Mapa, deve medir no máximo entre 2 a 4 milímetros.
“A retirada do pedúnculo, além de ser trabalhosa, aumenta os custos do produtor. A nossa dificuldade é com relação à normativa brasileira, pois a União Europeia já está aceitando o limão com essa condição”.
Brandão afirmou que o pedúnculo é importante para prevenir a entrada de pragas e doenças e aumentar o tempo de vida do limão nas gôndolas do supermercado.
O produtor José Andrade, proprietário da Andrade Sun Farms, uma das maiores produtoras de limão tahiti do Brasil, defendeu a atualização da normativa para aumentar o tamanho do pedúnculo e garantir a entrada no mercado europeu.
O Ministério da Agricultura disse que vai orientar o procedimento dos fiscais nos portos e aeroportos por onde o limão tahiti é escoado e notificar a autoridade fitossanitária da União Europeia para buscar um alinhamento sobre o tema.