Fundecitrus – 01/06/2018 – Produto é resultado de sete anos de pesquisas em parceria com a Esalq e a Koppert do Brasil

O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) em parceria com a Esalq/USP e a empresa Koppert, anunciaram no fim de maio o lançamento do primeiro bioinseticida e importante peça inovadora no quebra-cabeça do controle do psilídeo Diaphorina citri, vetor de transmissão do greening. A empresa desenvolveu ao longo de sete anos de pesquisa o Challenger, nome comercial da primeira alternativa biológica para o controle do psilídeo Diaphorina citri. O lançamento comercial oficial do produto foi feito no dia 23 de maio durante o II Simpósio Internacional de Greening, realizado em Araraquara/SP e promovido pelo FundeCitrus.”O greening é um problema mundial e a transmissão se dá sempre pelo psilídeo. Além do Brasil, os EUA sofrem muito com as bactérias”, explica Diogo Rodrigues Carvalho, engenheiro agrônomo e gerente para grandes clientes da Koppert do Brasil, que é especializada no desenvolvimento de proteção biológica para culturas agrícolas.

Pesquisa – Na ESALQ/USP os estudos foram conduzidos pelo professor Ítalo Delalibera Júnior e resultaram na seleção do fungo entomopatogênico Isaria fumosorosea. “Trata-se de uma grande conquista. É o primeiro produto biológico à base de Isaria fumosorosea no Brasil e existem poucos no mundo. É uma ferramenta com grande potencial e que vem contribuir muito com o setor da citricultura”, comemora o pesquisador.

“Estamos muito satisfeitos em poder oferecer ao citricultor uma ferramenta sustentável, que reduz o risco de seleção do Diaphorina citri, o que o torna resistente a inseticidas químicos. Estamos continuando a pesquisa e acreditamos que o produto possa ter controle em pragas secundárias da citricultura. O Challenger também pode ser associado à Tamarixia radiata, parasitoide inimigo natural do psilídeo Diaphorina citri, o qual o FundeCitrus produz em sua biofábrica, inaugurada em março de 2015”, detalha Juliano Ayres, gerente do FundeCitrus.
 
Estima-se, segundo o FundeCitrus, que o greening foi responsável pela erradicaçãode mais de 45 milhões de árvores no parque citrícola paulista nos últimos 14 anos. O Brasil é referência no controle da doença. Atualmente, o greening está presente em 32,2 milhões de plantas frente há 194 milhões de árvores cultivadas. Nesse cenário, a citricultura ganha um novo aliado para o controle da doença, já que agora conta com o primeiro bioinseticida e importante peça inovadora no quebra-cabeça do controle do psilídeo Diaphorina citri, vetor de transmissão da doença. “O greening é um problema mundial e a transmissão se dá sempre pelo psilídeo. Além do Brasil,
os EUA sofrem muito com as bactérias”, explica Diogo Rodrigues Carvalho, engenheiro agrônomo e gerente para grandes clientes da Koppert do Brasil.