FoodNews – 22/04/2019 – Acompanhe o que está acontecendo no setor na União Europeia, Espanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, Nepal e Brasil


União Europeia: importação de frutas cítricas aumentou 40% em cinco anos
De acordo com o Serviço Europeu de Estatística (Eurostat), entre os anos de 2013 a 2018, a quantidade de laranjas e outros citros importados pela União Europeia, aumentou 40%. Entre os países exportadores, vem se destacando o Marrocos (+112,8%), Egito (+88,8%), Turquia (+56.6%) e a África do Sul (+26%). O único país que registrou queda nas exportações de frutas cítricas para a União Europeia foi a Argentina (-8,7%).
Em números absolutos, porém, a África do Sul ainda é de longe, o maior exportador de frutas cítricas para a UE em 2013, o bloco importou 645 mil toneladas de frutas cítricas deste país e em 2018, foram 813,3 mil toneladas.
Espanhola Fruterca pede falência
A empresa espanhola Frutas Hermanos Catalá Benicolet, conhecida como Fruterca, com sede em Palma de Gandía, entrou com um pedido de falência com um passivo de 6 milhões de Euros e dívidas com mais de 300 produtores rurais.
Os agricultores já tinham comercializado suas colheitas – principalmente de frutas cítricas – com a empresa e ainda não receberam. Mais de uma centena de colaboradores da Fruterca também não receberam seus salários.
Coreia muda regras de importação para laranja dos Estados Unidos
Segundo o Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia (MAFRA), as laranjas norte-americanas vendidas à Coreia terão que atender novas regras a partir de 2022.
Atualmente, esse comércio, que ocorre entre os meses de setembro e fevereiro, atende às regras da Cota Tarifária (TRQ) negociada no Acordo de Livre Comércio entre a Coreia e os EUA (KORUS). No período, as frutas são isentas de impostos, enquanto a taxa extra quota é de 50%.
De acordo com o MAFRA, o sistema será implementado em 2022, passando de um sistema de leilão de licença a de importação para um sistema de alocação de licença de importação. 
Greening ameaça pomares no Nepal
O Greening está causando temor aos citricultores nepaleses, de acordo com informações do The Himalayan Times. A doença entrou no país devido às regras frágeis da quarentena e as autoridades estimam que todos os pomares de citros nepaleses possam ser atingidos pela doença dentro de 10 a 15 anos.
A citricultura no Nepal é uma indústria de 2.470 milhões de Rúpias (US$ 35 milhões) por ano, e a atividade tem sido o ganha pão das comunidades que vivem nas colinas médias há séculos. No Nepal, entre todas as frutas cítricas, as tangerinas ocupam cerca de 64% e 68% da área total de citricultura e produção, respectivamente. A ocorrência de greening nos pomares do Nepal, informa o The Hiamalayan Times, é a maior ameaça já vista e o governo local ainda não anunciou nenhuma medida de apoio aos produtores. 
Startup israelense traz tecnologia de combate ao Greening para o Brasil
A empresa israelense de tecnologia SeeTree apresentou uma ferramenta de inteligência artificial que promete ajudar no combate a pragas em pomares de laranja. Com um sistema que cria um perfil de saúde e produtividade de cada árvore, individualmente, a ferramenta acompanha o desempenho e possibilita a descoberta precoce de doenças como o Greening.
O sistema faz o monitoramento de cada árvore por meio de análises de imagens aéreas e pesquisa de solo. “A tecnologia e os serviços de medição digitalizam cada árvore individualmente, computando a sua saúde e a sua produção. Fornecemos aos produtores nossa própria equipe de operadores de drones licenciados que usam aparelhos de nível militar para pesquisar com perícia, com foco em áreas problemáticas, usando as inteligências humanas e artificial. A nossa tecnologia se concentra nas árvores, sistema inédito no país”, afirma o cofundador e CEO da companhia, Israel Talpaz. O principal investidor de capital da SeeTree é Uri Levine, um dos fundadores do Waze.