Fresh Plaza – 24/04/2019 – Há um bom tempo os produtores de Tucumán na Argentina se preocupam com o greening/huanglongbing (HLB)
Sabendo que a bactéria é transmitida pelo Diaphorina citri, e que pode afetar seriamente um dos setores econômicos mais importantes da Argentina, pesquisadores da Universidade Nacional de Tucumán (UNT) e do Conselho Nacional de Pesquisa Cientifica e Técnica (CONICET), estão desenvolvendo um sensor para detectar a doença.
O método proposto pelos pesquisadores visa identificar o greening em seu estágio inicial nos campos. O dispositivo baseia-se na detecção de marcadores associados à doença. Funciona por meio de uma reação química que revela a substância que os citros produzem na presença do HLB.
A pesquisa está sendo dirigida pela doutora em Bioengenharia e pesquisadora do CONICET, Rossana Madri. Segundo ela, os testes em laboratório foram bem-sucedidos, e agora estão sendo realizados em campo. Os pesquisadores viajaram até o interior de São Paulo, região onde possui maior incidência de greening, para testar o dispositivo nos pomares infectados. Na Argentina, a doença está presente em pequenos focos na região de Santiago del Estero, dificultando a realização de testes nos diferentes estágios de infecção das plantas.
As avaliações são baseadas em preparações que contem produtos químicos que causam respostas de cor, na presença da doença. No entanto, esses produtos químicos serão aplicados em breve a um biossensor, ou seja, um dispositivo que tenha um componente biológico e físico. Ele terá a forma de uma tira de teste, semelhante aos usados em testes de gravidez. Uma das vantagens substancial deste dispositivo é que será fácil de aplicar e interpretar.
O biossensor será colocado em cada planta e produzirá resultados em questão de horas. Os resultados serão exibidos em um intervalo de três cores que indicarão se a amostra é positiva, negativa ou duvidosa, sem a necessidade de profissionais especializados. “Atualmente o produtor identifica a doença através da identificação visual dos sintomas, mas isso só é possível quando a doença está em um estágio muito avançado, técnicas de diagnostico molecular também são utilizados, mas os resultados não são imediatos. As amostras devem ser levadas ao laboratório e requer o uso de instrumentos complexos e pessoal treinado”, afirmou Madrid.