Agência Estado – 22/05/2019 – A missão brasileira que passou por países do continente asiático aconteceu neste mês, período em que as exportações de suco de laranja registraram mais uma queda
A indústria brasileira de suco de laranja sinalizou investimentos em terminais portuários na China, mas condicionou os possíveis aportes à revisão de restrições tarifárias sobre a bebida importada pelo país oriental. O tema foi assunto de reuniões entre a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), a Associação Chinesa de Bebidas, que representa mais de 80% da indústria local e Câmara Chinesa de Comércio de Importação e Exportação de Alimentos, na semana passada.
O suco brasileiro importado pelos chineses está sujeito a uma “tarifa de temperatura”. Se a bebida chegar àquele país mais quente que 18 graus Celsius negativos, a tarifa sai de 7,5% para 30%. Por isso, as exportações para a China são feitas em tambores e não a granel, como para a maioria dos países compradores da bebida.
Segundo Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR, nas exportações a granel, em navios com tanques construídos exclusivamente para o transporte do suco de laranja, o produto é entregue entre 8 graus Celsius negativos e 10 graus Celsius negativos no suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e de zero grau Celsius e 2 graus positivos para o suco fresco, ou não concentrado e congelado (NFC).
Segundo Netto, os chineses têm demonstrado especial interesse pelo NFC, o que levaria aos investimentos logísticos. “É importante que as empresas tenham a opção de exportar a granel e essa mensagem foi levada ao governo chinês por nós e pelo governo brasileiro, o que envolve a possibilidade de investimentos”, disse Netto.