Encontro aconteceu na Granja do Torto e serviu para debater temas como o combate ao greening e a redução da tarifa do suco de laranja nos EUA.
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) participou de um encontro que reuniu representantes dos setores produtivos de sucos e frutas com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, realizado na Granja do Torto, na última quinta-feira, 21 de março. Durante o encontro, promovido pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Carlos Henrique Fávaro, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, tratou de temas estratégicos para o desenvolvimento da cadeia produtiva do suco de laranja brasileiro. “Essa interlocução com o governo é fundamental para que possamos avançar em pautas importantes para o desenvolvimento da citricultura e fortalecimento do Brasil no mercado internacional de suco de laranja”, ponderou o executivo.
Durante a reunião, Netto, que também é presidente da Câmara Setorial da Citricultura, entregou ao presidente Lula um documento que aborda demandas importantes para o setor, entre elas a necessidade de ações de combate ao greening, a principal doença da citricultura que tem colocado o parque citrícola em risco. A proposta é a formação de um Grupo de Trabalho Especial para o combate ao greening no âmbito do Ministério da Agricultura. O objetivo é integrar diferentes áreas: defesa, pesquisa, difusão de tecnologia e busca de soluções para o avanço da doença.
Outro ponto de discussão foi em relação ao incentivo à formalização de safristas, com medidas que garantam aos trabalhadores safristas, por um período não superior a seis meses, a possibilidade de manter os benefícios do Bolsa Família ou qualquer outro programa que o suceda, visando evitar a precarização do trabalho e favorecer a complementação de renda.
Sobre o mercado internacional, a CitrusBR manifestou a importância da finalização do acordo Mercosul/União Europeia e ressaltou a urgência no aprofundamento de tratativas junto ao governo dos Estados Unidos para a redução da tarifa de US$ 415 por tonelada aplicada ao suco de laranja concentrado brasileiro. “Trata-se de uma tarifa que tira a competitividade do suco brasileiro, além de, atualmente, não fazer sentido, visto que a Flórida, com os problemas que reduziram sua produção, deixou de atender o seu mercado interno”, ponderou Netto.