Segundo o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES),
Vinícius Trombin, o desempenho positivo desta safra, constatado pelos
incrementos de produção anunciados a cada reestimativa, continua sendo devido
ao aumento de peso dos frutos, atualmente em 165 gramas, em média por unidade,
contra 162 gramas na reestimativa de dezembro. “Esse fato é explicado pelas chuvas acima da
média histórica, que proporcionaram um maior acúmulo de água nos frutos, o
qual, foi potencializado pela melhora dos tratos culturais dos pomares”, diz.
Trombin também destaca a redução da taxa de queda de frutos como um
fator que contribuiu para o aumento desta produção. “A queda está cerca de um ponto percentual
menor em relação ao valor projetado inicialmente”, completa o coordenador.
As chuvas abundantes em todas as
regiões produtoras do cinturão citrícola ocorreram no período de outubro a
janeiro. O efeito dessas chuvas foi observado, principalmente, na Pera Rio e
com mais intensidade nas variedades tardias em função da época de colheita.
A colheita das variedades precoces foi
encerrada em janeiro com tamanho e taxa de queda iguais aos revisados em
setembro e mantidos na reestimativa de dezembro. Cerca de metade da produção
dessas variedades precoces foi realizada até meados de julho, quando os solos
ainda estavam úmidos em função das chuvas acima da média histórica que ocorreram
no início da safra.
A colheita da Pera Rio, variedade de
meia estação, está praticamente encerrada, restando apenas 1% para finalizar a
safra. A colheita da Valência e Valência Folha Murcha atingiu 95% da produção,
o tamanho é alterado para 227 frutos por caixa e a taxa de queda para 21,50%.
No caso da Natal, a colheita está em 90% da produção, o tamanho é revisado para
238 frutos por caixa e a taxa de queda passa a 20,00%. Considerando todas as
variedades, já foi colhido 97% do total da safra, o tamanho médio é reestimado
para 247 frutos por caixa e a taxa de queda é reestimada em 17,20%.
O método utilizado para a reestimativa é o mesmo adotado na safra
anterior. As informações foram obtidas por meio do monitoramento de peso e
queda de frutos em 900 talhões, a partir de maio, que deixam de ser visitados à
medida que ocorre a colheita completa do mesmo, além do tamanho dos frutos
processados. O trabalho é realizado pelo Fundecitrus em cooperação com a
Markestrat, FEA-RP/USP e FCA/Unesp. O relatório completo está disponível em: http://bit.ly/2EL0dDS